O descaso com a gestão dos resíduos sólidos já gerou mais de 1000 casos confirmados de Dengue e dez mortes em 2019. As cidades de Franca, Andradina, Araraquara e São Carlos seguem o mesmo caminho.
Como é de se esperar, muitas cidades do interior do Brasil já estão sofrendo as consequências do período de chuvas, como aumento dos casos de Dengue e estado de calamidade na saúde pública.
Os Prefeitos correm para dar atendimentos aos cidadãos e manter o sistema de saúde operando, porém a situação chegou ao limite de unidades básicas de saúde triarem os pacientes com doenças menos graves.
Novamente estamos enxugando gelo. Será que é tão difícil as pessoas entenderem que a incidência dos casos de Dengue e outras doenças relacionadas ao mosquito Aedes aegypti estão diretamente ligadas a má gestão dos resíduos sólidos?
O problema do descarte irregular de entulho grassa as cidades e desabastece os cofres públicos. O desenlace se dará a partir do momento que houver uma clara noção da origem, pois inevitavelmente isso se repete de forma cíclica.
Gestão inteligente e eficiente dos resíduos: menos criadouros do mosquito. Gestão omissa e irresponsável: mais mosquito, menos dinheiro para áreas importantes, como educação, transporte e atenção à saúde.
Fora o fato de o Estado gastar milhões em campanhas de conscientização sobre o mosquito transmissor da Dengue, Chikungunya, Zika, Febre Amarela, entre outras, a irresponsabilidade dos administradores municipais chega ao ponto de deixar a situação pior do que já está.
Estamos em maio de 2019 e o número de cidades em estado de calamidade já passam de 400. Quando será que o jeitinho brasileiro vai mudar? Prevenir ao invés de remediar.
Levi Torres
Coordenador da ABRECON